sábado, 20 de setembro de 2008

War Civic
Capitulo 1
Ato4 – Guerra
O anjo com as asas cortadas!

Mil coisas começaram a passar pela cabeça de Lagdon. Ele começava a acreditar naquela história absurda que ele mesmo estava criando. Não poderiam ser coincidência todos aqueles fatos que estavam ocorrendo naquele mesmo dia. Lagdon lembrou-se do estouro que havia ouvido enquanto almoçava... Logo após ele acordar de seu sonho.
_E se não foi uma bomba? Mas um anjo? Imaginou Lagdon. Mas sua incredulidade não o deixou permanecer com essa idéia por muito tempo.
A noite caiu, e com ela as trevas e a lua cheia vieram. Era uma bela noite exceto para Lagdon que confrontava contra si mesmo na busca de uma resposta lógica e clara. Entretanto ele não a encontrava e isso o deixava cada vez mais nervoso. Ele então decidiu caminhar, estava uma noite linda e as pessoas começavam a voltar para casa de suas viagens preparando-se para o inicio da semana. Lagdon apanhou uma blusa de frio e saiu, andou pela Av. Royal contemplando cada casa e cada comércio. Lagdon era popular naquela parte da cidade, seu pai era advogado e, portanto daí provinha sua fama. As pessoas passavam e o cumprimentavam. Muitas vezes Lagdon não as respondiam por saber o interesse de cada um e conhecer a cada um muito bem e corretamente. Lagdon caminhou até o final da rua onde havia uma encruzilhada. A primeira rua, a da direita, o levaria até sua escola e a segunda era a tão famosa e temida, rua da esquerda. A principio ele não sabia qual caminho seguir, mas algo pareceu
atraí-lo justamente para à rua da esquerda. Mais uma vez aquela rua estava escura e deserta, _ E ainda cobram um absurdo pela taxa de iluminação _ pensou ele, mas diferentemente das outras vezes uma luz verde ainda brilhava e chamava a atenção de Lagdon, sem temer, ele caminhou em sua direção quase que involuntariamente até se deparar com uma figura inusitada... A mulher que ele havia sonhado aquele anjo belo em forma de mulher denominada de Eloiel. Mas ela parecia mal suas asas estavam queimadas. Mesmo com o receio e medo a curiosidade de Lagdon o impediu de correr dali, e sim fazer uma pergunta:
_O que aconteceu com você?
Aquela forma até então bizarra para Lagdon tornou-se uma figura simpática e amigável que deu um pequeno sorriso e disse:
_Você veio... Estava esperando você.
_Eu?! Lagdon recuou.
_Coloque a mão em minha testa e você verá.
Lagdon se afastou mais e ficou com um receio terrível dentro de si.
_Não tema...
Eloiel fala com dificuldades, estava muito cansada, suja e sangrava...
Lagdon aproximou-se movido pela compaixão que o transbordava e tocou a testa de Eloiel. Uma grande coluna de fumaça sobrevoou a cabeça dele e ele foi como que levado a outro lugar. Lagdon estava atrás de uma lata de lixo. Ele então começou a ver, como em seu sonho, mas agora era diferente estava na rua da esquerda, estava claro e Eloiel não estava ferida, parecia estar conversando com alguém, Lagdon avançou mais de uma forma que pudesse enxergar com quem eloiel conversava, e seu susto foi enorme ao ver o Sr.Hughes.
_Olá Eloiel! E o nosso bom Deus como vai?
Era o Sr. Hughes dirigindo-s e a Eloiel em um tom pejorativo e sarcástico.
_Balthazar, vejo que seu gosto pelas formas terráqueas tem caído.
_Balthazar?! Que nome horrível! Porque Eloiel o chamou assim? Pensou Lagdon.
O Sr.Hughes parecia furioso.
_Você vai ver, sua puta! Gritou ele.
O Sr.Hughes começou a se contorcer, seus olhos reviraram e tomaram uma cor vermelha assustadora. Duas asas negras saíram de suas costas, sua fisionomia e a forma de seu rosto mudaram completamente. Agora ele era jovem com um corpo esculpido e longos cabelos negros.
_Talvez você prefira essa. Disse o novo Sr.Hughes.
Eloiel desprezou o comentário dele e falou:
_Há muito tempo procuro por você Balthazar, sabe, devo admitir você deu muito trabalho para nossa sociedade.
Balthazar deu um pequeno sorriso quase imperceptível e perguntou:
_Agora que você me achou... O que pretende fazer? Mandar-me de volta ao inferno?
Eloiel sorriu, abriu suas asas, quase que simultaneamente com Balthazar, e os dois voaram. A velocidade deles e de seus golpes eram incríveis. Eloiel levava vantagem por possuir quatro asas a mais, no entanto, Balthazar era astuto, mais forte e desviava da maioria dos golpes que ela lançava. De repente um golpe acertou um dos braços de Balthazar, este caiu no chão com tanta violência que foi impossível não tampar os ouvidos. Lagdon rapidamente olhou em seu relógio eram 14h e 36 min. Balthazar levantou-se, seu braço sangrava e a mediada que seu sangue caia um resíduo se juntava e formava uma espécie de bomba. Um dos mistérios estava solucionado para Lagdon.
Balthazar ergueu-se, ele cambaleava. Levantou a outra mão e olhando para eloiel disse:
_Tenho uma surpresa pra você.
Eloiel manteve sua postura por um tempo, mas ao perceber do que se tratava assustou-se e voou rapidamente em direção a Balthazar. Este último apenas dizia algumas palavras em um outro idioma, desconhecido, para Lagdon. Uma espécie de ritual o chão começou a se abrir e a escurecer.
_Preciso impedi-lo. Apressou-se Eloiel. Mas era tarde demais, seja lá o que Balthazar queria fazer ele já havia-lo feito. Eloiel parou e viu de uma densa fumaça negra saírem três antigos demônios que ela mesma havia deportado. Eram três demônios de nível 4.
_Yeshu, Karl, Stanley. Eloiel estava assustada, ela recuou e tentou fugir mas um deles foi mais rápido e bloqueou o caminho dela.
_É o seu fim!! Disse Balthazar com um macabro sorriso.
Os quatro demônios lançaram, simultaneamente, bolas de fogo em Eloiel, essa nada pode fazer. Suas asas estavam em chamas. Eloiel caiu na terra, com tamanha violência capaz de mais uma vez forçar Lagdon a tampar os ouvidos. Talvez por uma rara piedade ou mais provavelmente pelo prazer de vê-la sofrendo Balthazar decidiu não matá-la. Ele voltou a sua forma original virou-se para os outros três demônios e ordenou:
_Voltem ao inferno e comuniquem a Mamon.
_Sim senhor. As três criaturas sumiram como vapor deixando apenas um fedor de enxofre terrível no local.
Balthazar aproximou-se mais uma vez de Eloiel e cuspiu em seu rosto. Após isso ele a deixou e partiu em direção á Av. Royal. Eloiel arrastou-se até um canto da rua e quase sem forças sussurrou:
_Eu, Eloiel, anjo de nível 4, líder da sociedade espiritual, declaro guerra ao inferno e seus demônios!
Eloiel caiu em um sono profundo e uma pequena chuva começou a cair naquele lugar, limpando o palco daquela batalha, sujo de sangue e preparando-o para uma guerra que mudaria o futuro da humanidade.

War Civic
Capitulo 1
Ato3 – Medo
O anjo com as asas cortadas!


Sentado agora em sua cama, aquela cena permanecia na mente de Lagdon, no entanto, ele não acreditava em tal acontecimento e contentava-se com a explicação de que havia sido só mais um sonho. Ele ergueu-se, e foi á sala. O relógio marcava 14h: 00 min. Seu pai assistia ao telejornal e sua mãe dormia calmamente no carpete da sala. Lagdon foi até a porta que dava acesso a rua. Não havia ninguém por perto, tudo estava deserto, um silêncio típico de um domingo em que a maioria da população havia saído da cidade para alguma viagem. Lagdon sentiu fome. E lembrou-se que ainda não havia almoçado. Não que ele fosse esquecido das coisas, mas aquele sonho de alguma maneira havia mexido com ele. Lagdon sentou-se na mesa e enquanto comia ouvia as noticias que o pai assistia na sala ao lado. Apesar de não prestar atenção em nenhuma aquelas mensagens entravam pelos seus ouvidos e dificilmente ele guardava alguma coisa. Por diversas vezes ele pegou-se pensando naquilo em que havia sonhado. Rapidamente expulsava aquelas idéias de seu pensamento e procurava outra coisa para ocupar sua mente. Por algum tempo Lagdon permaneceu inerte, não pensava em nada, apenas mexia a comida com a colher fazendo círculos, brincando com ela. Lagdon só saiu desse estado quando um grande estrondo acontecerá perto dali. Sem saber o que fora, Lagdon não se importou muito, até porque aquele estouro o despertará de um sono acordado. Lagdon terminou sua refeição e mais uma vez foi para seu quarto, dessa vez estudar. Sentou-s em sua escrivaninha e começou a resolver algumas equações de matemática.
Aquele dia passou bem devagar, sem grandes noticias ou qualquer outra coisa que fizesse Lagdon para de criar ideologias a respeito do seu sonho. Cansado e entediado, Lagdon tomou um banho para relaxar e ligou a Tv na esperança de ver alguma coisa que o agradasse, como por exemplo uma nova lei do governo ou o tão sonhado fim da guerra. Mas o que Lagdon viu foi bem diferente, nenhuma noticia mundial, nenhuma queda da bolsa de valores ou final de uma guerra; mas sim, algo que acontecerá ali bem perto de sua residência, a explosão de uma bomba!
Lagdon ficou perplexo, assustado e com medo ao saber que a bomba havia sido explodida na rua da esquerda.

“Até o momento não há feridos, a policia não tem conhecimento de quem fora o mentor do ato nem as causas, a idéia de terrorismo é uma hipótese, o que mais assusta a perícia que o esquadrão anti-bombas não conseguiu identificar qual o material usado nesse novo tipo de armamento!”

O que está acontecendo? Pensou Lagdon desligando a Tv.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

War Civic
Capitulo 1-
Ato2 – Sonho
O anjo com as asas cortadas!


Lagdon adormeceu. Mesmo após a isto ele continuou a ouvir aquela voz. Em seu sonho ele caminhava por um lugar nunca antes visitado por ele, uma neblina muito densa cobria os céus e a terra, algo sobrenatural, conclui rapidamente Lagdon, não podia se ver nada. Ele caminhou até perceber que não estava sozinho dois seres, que ele não pode identificar a principio, estavam conversando. Escondendo-se por de trás de uma árvore frondosa Lagdon deixou apenas o rosto a mostra e observou os seres -ou coisas- e a conversa deles. Olhando melhor agora ele pode notar que o primeiro ser tinha a aparência de um homem, era alto e estava vestido com um manto branco, não possuía face! O segundo ser tinha a aparência de uma mulher, era um pouco menor que o primeiro, possuía seis asas, seu vestido cobria apenas um dos seios e a cintura abaixo o resto de seu corpo era tampado por seus lindos cabelos loiros, seus cabelos também tampava seu rosto. Os dois flutuavam. Lagdon ficou perplexo com aquilo.
_ Eloiel, não temos mais tempo! Disse o homem para a garota.
_Sim... Compreendo. Respondeu ela com uma voz suave e calma, a mesma voz que Lagdon havia ouvido mais cedo.
_Eloiel... Esse é o nome dela? Nome de anjo! Concluiu Lagdon.
A garota deu alguns passos, inclinou seu rosto para baixo e disse:
_Que forma mais grotesca ele assumiu dessa vez!!
O Homem deu um singelo sorriso concordando com a afirmação de Eloiel.
_O nome terreno dele é: Sr.Hughes.
Lagdon assustou-se como nunca ao ouvir o nome daquele vizinho tão anormal que possuía. O que significa aquilo tudo? Lagdon se recompôs e colocou-se de novo a escutar a conversa dos dois.
_Tome cuidado. Ele é um demônio poderoso... Já esta na Terra há muito tempo.
_Sim, voltarei logo.
_Demônio?!
Não houve tempo para mais nada. Lagdon estava em seu quarto novamente olhando para o teto.
_Foi só um sonho... Tomara!


...

War Civic
Capítulo 1-
Ato1 - Curiosidade
O anjo com as asas cortadas!


Um vento leve e frio soprava naquela manhã de domingo, era um dia fresco e agradável para uma corrida matinal, inclusive para o Sr. Hughes, um velho rancoroso como qualquer outro, que detestava os bichos e as flores. Sempre foi assim diziam os mais íntimos que afirmavam que o seu estado de alienado se iniciou quando ele perdeu sua mulher, a quem tanto amava. Várias pessoas andavam e corriam pelas ruas naquela manhã, uns e outros conversam e discutiam sobre política, esporte e sobre o que a vizinha havia feito na noite anterior. Lagdon ouvia tudo. Algumas coisas com desprezo e para outras ficava minutos penando no assunto e assim era a maneira que encontrava para conhecer todas as pessoas de sua vizinhança, exceto o Sr.Hughes, já que este nunca conversava com ninguém. Por diversas vezes Lagdon vira o ele ir até a rua da esquerda e sempre voltar assustado com um embrulho nas mãos e após tudo isso entrar em sua casa e ficar lá, sem sair, por uma semana inteira. Lagdon permaneceu em sua cama durante toda manhã ouvindo as diversas conversas que se sucediam naquela rua. Mas uma voz em especial começou a chamar a sua atenção, uma voz feminina um canto doce e suave, quase que imperceptível, a voz cantava em uma outra língua, uma linguagem elfica talvez. Lagdon sentou-se em sua cama e tentou descobrir de onde vinha tal belo canto. Levantou-se e começou a andar pela sua casa em busca de uma melhor posição para descobrir a localização. No quarto de seus pais, o som aumentou e ao abrir a janela Lagdon voltou seu ouvido para a rua da esquerda e pode ter a certeza de que era de lá que o som vinha. Com sua incredulidade gritante Lagdon não se interessou mais pela voz e voltou para a cama, ao deitar-se foi mais uma vez atraído pela bela voz, e ficou lá... Ouvindo-a... Até adormecer, e sonhar...

terça-feira, 16 de setembro de 2008



"Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosófia mental..."


(Shakespeare)

Alguém deve rir muito disso...
Você não acha?